Gestar II 2010

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segunda-feira, 27 de julho de 2009

Aula 6

AULA 6 – Referente a Oficina 7 do TP 4: Cidadezinha Qualquer
Dias 02 e 03 de junho de 2009
No início do encontro, retomamos os assuntos referentes às unidades 13 e 14 do TP 4, abordando entre outros assuntos a questão da escrita como instrumento de poder. Citou-se o livro de George Orwell, sobre o “Big Brother” além de livros bíblicos aos quais se dão diferentes interpretações conforme a religião.
Em seguida deu-se a apresentação do relato do que foi executado em sala de aula. De um modo geral houve envolvimento por parte dos alunos nas turmas em que a atividade foi desenvolvida e uma avaliação positiva ao final das aulas.
Seguindo a orientação do Avançando na Prática, os professores pediram que os alunos levantassem hipóteses sobre o título do poema, depois que fizessem um depoimento sobre sua cidade. Nesse depoimento dos alunos foi possível relacionar letramento com práticas de cultura local, atingindo um dos objetivos da unidade 13; e também como os mesmos acionaram os conhecimentos prévios para produzirem seus depoimentos, demonstrando valores, anti-valores, etc.
Após o trabalho com o poema propriamente dito, os alunos produziram textos observando a estrutura e o “enquadramento” do texto de Drummond.
Outro professor iniciou a sua prática falando sobre Itabira, situando-a no tempo de 1930 (época em que o poema foi escrito), relacionando-a com uma cidade grande, e também com as modificações advindas da modernidade. E só depois é que se deu o trabalho com o poema propriamente dito.
A oficina referente ao poema “Cidadezinha Qualquer” de Carlos Drummond de Andrade foi feita em duplas. Os cursistas, baseados nos relatos apresentados, elaboraram perguntas que foram apresentadas aos alunos para a interpretação do poema.
Após a apresentação das duplas, propus aos cursistas duas atividades a serem feitas, em dois grupos. Um dos grupos faria a leitura do texto Circuito Fechado de Ricardo Ramos, e o outro grupo leria o texto Uriri e Bertolina, ambos do livro AAA - 4 (do aluno).
O primeiro grupo falou do tema do texto, da coerência do mesmo, da personagem, profissão, etc.
O segundo grupo fez um levantamento das palavras desconhecidas, parte da cultura local de Tocantins, e apresentou ao outro grupo.
Os grupos fizeram-se um levantamento de palavras de nossa cultura e produziram textos humorísticos de sequência tipológica narrativa e apresentaram ao grupo todo.
Encerramos a oficina, falando das unidades seguintes a serem estudadas, propondo duas atividades a serem realizadas para comentário no próximo encontro.


Produção textual com palavras da cultura regional de Ituiutaba

Título: Visitando São Paulo

Lá pros idos de 1960, uma rapariga mineira de Ituiutaba, foi passar uns dias na casa de uma madame em São Paulo, patroa de sua mãe por muitos anos, senhora muito boa e caridosa; foi por motivo de saúde.
A madame achou estranho o seu olho pregado e quis saber do que se tratava. A rapariga respondeu que estava com bonitinho... A madame se afastou...
A rapariga disse:
- Num pega não, só gruda por causa da remela. Tô perrengue demais, tô numa cobrina cum disfruço e malina, a cacunda doeno e do meu sobrinho eu peguei tiriça... Mais, cadê a binga da sinhora pra mode eu acendê meu pito? Quero também fazê um cafezinho pra nóis. Cadê o mancebo? Uai.... achei uma ramona no chão, caiu do seu cabelo madama, que de tanto laquê tá duro até...
Enquanto isso a madame ficou de queixo caído com o linguajar regionalístico de sua visitante.

(Cursistas Mara Régia e Nara Alves)

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