Gestar II 2010

Início de nova turma em 30/03, no CEMAP, às 19 horas.
Encontros mensais.
Participe!

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Mostra - participantes




Mostra de Encerramento






MOSTRA DE ENCERRAMENTO GESTAR II






Aconteceu no dia 01/12/2009 no salão do CEMAP a mostra dos trabalhos realizados pelos integrantes do programa GESTAR II em Ituiutaba.

O evento, planejado pelas professoras formadoras Laci Maria Ribeiro de Queiroz Vilarinho (Língua Portuguesa) e Zeila D’Aquino de Queiroz (Matemática), em parceria com a Coordenadora do programa em Ituiutaba, Patrícia Lopes Jorge Franco, a Diretora do CEMAP Barbara Luisa Silva de Almeida Morais e a Secretária Municipal de Educação Celina Parreira Derze, foi um sucesso.

Nos depoimentos das diretoras, supervisoras e professores presentes, a realização das atividades do Programa
mobilizou alunos, professores e comunidade.







Os professores cursistas de Língua Portuguesa e Matemática expuseram trabalhos, portfólios e fotos das oficinas e projetos realizados.

Num clima fraterno e caloroso os participantes encerraram as atividades do programa em 2009.

Agradecimentos especiais à Fundação Cultural e ao músico saxofonista Romes que abrilhantou o evento.

Parabéns aos cursistas, alunos e a todos envolvidos no Programa Gestar.

GESTAR II – um programa que, ao unir teoria e prática em sala de aula, possibilita efetivar um ensino de qualidade com professores-mediadores do conhecimento e alunos-construtores do próprio saber.

Artigo para o Jornal

O Programa de Formação Continuada GESTAR II – em parceria com o MEC/UNB nas áreas de Língua Portuguesa e Matemática contou neste ano de 2009 com a participação das professoras Laci Maria Ribeiro de Queiroz Vilarinho e Zeila D’Aquino de Queiroz como formadoras municipais.

A referida formação encerrou-se nos dias 23 e 24 de novembro em Uberlândia, onde integrantes de cerca de 23 municípios mineiros relataram as atividades realizadas, expuseram seus trabalhos para a avaliação dos professores formadores da Universidade Federal de Brasília (UNB)Djalma Gomes (Língua Portuguesa)e Virgínia Eugênia Ferraz Haeser (Matemática).

Segundo as formadoras Laci e Zeila o programa atendeu e até superou as expectativas, atingindo o objetivo de unir teoria e prática em sala de aula.

Fotos Seminário





Seminário de Avaliação

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Encerramento Módulo II

Posted by Picasa

Aula 12 - II Módulo


Aula 12 II Módulo

Encontro realizado dia 17 de novembro de 2009


Pauta do Encontro:

  • Realização da Oficina 4 TP 2 - Unidade 8 ( Interpretação de charge e Produção de texto do gênero bilhete ou cartão);
  • Gravar vídeo com os cursistas do texto Palavras de Adriana Falcão;
  • Entrega e Apresentação do "Avançando na Prática" (unidade 8);
  • Entrega dos portfólios, roteiros dos projetos, comentários;
  • Avaliação escrita do GESTAR II;
  • Encerramento e confraternização.
Nosso último encontro de estudos aconteceu quarta-feira à noite. Calor de temperatura, calor humano e uma certeza: dever cumprido.
Posso afirmar que, para os cursistas que conseguiram gestar o programa até o final e para mim como formadora, foi uma vitória.
É indescritível a sensação de ouvir nos depoimentos de todos eles o crescimento pessoal que cada um pôde experimentar. Eu posso afirmar que o GESTAR II determinou um marco em minha atividade profissional: antes e depois. Dentre tantos cursosque fiz este foi o que atingiu o objetivo claro de unir teoria e prática em sala de aula.
A dinâmica de estudos, aplicação, socialização de experiências e avaliação alimentaram nossas atividades profissionais, dando-nos segurança, o que se confirma nos relatos dos professores cursistas e de seus alunos ao longo do ano, durante e após as aulas.
Exemplifico isso com uma conversa informal que tive com a professora Betânia, cujo projeto "Cantarolando Poesia" está em desenvolvimento. Segundo ela, ao iniciar sua aula ontem, dizendo aos alunos que fariam uma atividade diferente, um aluno perguntou a ela se era sobre poesia. Quando ela disse que não ele falou O seguinte: "Que pena.... É bom demais trabalhar com poesia!" Isso demonstra que o projeto cumpriu seu objetivo ao despertar o gosto pela leitura, a sensibilidade.
Abaixo alguns relatos dos cursistas em suas avaliações escritas:
Perguntei: "Em que sentido o Programa GESTAR II contribuiu para melhorar a sua atuação como Professor"?
Responderam:
"Nos planejamentos das atividades diferentes, lúdicas, uma nova abordagem nos conteúdos de Língua Portuguesa." (Giselda)
"O Programa Gestar II contribuiu para melhorar minha atuação como professora no sentido de realizar aulas mais interessantes, em ter adquirido mais conhecimento, mais prática pedagógica."
(Maria de Fátima)
"Em todos os sentidos: profissional, social e de aprendizado." (Divina)
"Nas metodologias, nas atividades propostas, em mim como professora. Hoje sou muito segura em sala de aula." (Genilda)
"Pude ver como os alunos gostam de atividades diferentes e que fogem da rotina." (Leila)
"Foi prazeroso ver a participação, o envolvimento dos alunos durante as aulas." (Betânia)
"Renovou-me no meu dia-a-dia. Injeção de ânimo e motivação." (Mara)
"Contribuiu para melhorar minhas atividades relacionadas a estudo de textos; gêneros textuais." (Jaida)




domingo, 15 de novembro de 2009

Aula 11 - II Módulo


Aula 11 - II Módulo
Encontros realizados dias 10 e 11 de novembro

Neste penúltimo encontro com os cursistas, estudamos as unidades 7 e 8 do TP 2, assistimos a um filme de Victor Lopes: Língua-Vidas em Português.
A unidade 7 - A arte: formas e função, já havíamos estudado juntamente com a unidade 24 do TP 6 que trata da Literatura. Fizemos, ainda assim, uma retomada do conteúdo da unidade, lemos e comentamos o poema de Drummond "Amar-Amaro".
A unidade 8 - Linguagem figurada - trouxe-nos um estudo relacionado à conotação e de que maneira ela aparece tanto na linguagem cotidiana quanto na linguagem literária.
Realizamos em grupo as atividades da Aula 1 - Metáfora do AAA 2 do professor. Durante a leitura de um texto retirado do livro "O carteiro e o poeta" de Antônio Skármeta, cujo filme, assistimos durante este módulo. (Filme adaptado do referido livro para o cinema, pelo diretor Michael Radford)
Durante a leitura, feita em forma de jogral, parecia estarmos revendo a cena do filme, quando o carteiro Mário e o poeta Neruda conversam sobre "as metáforas", segundo comentário feito por uma professora cursista.

Trechos do texto lido:

O carteiro e o poeta
Antônio Skármeta

- Que há?
- Dom Pablo? ...
- Você fica aí parado como um poste.
Mário torceu o pescoço e procurou os olhos do poeta, indo de baixo para cima.
- Cravado como uma lança?
- Não, quieto como uma torre de xadrez.
- Mais tranquilo que um gato de porcelana?
Neruda soltou o trinco do portão e acariciou o queixo.
- Mário Jiménez, afora as odes elementares, tenho livros muito melhores. É indigno que você fique me submetendo a todo tipo de comparações e metáforas.
- Como é, Dom Pablo?!
- Metáforas, homem!
- Que são essas coisas?
- Para esclarecer mais ou menos de maneira imprecisa, são modos de dizer uma coisa comparando com outra.
- Dê-me um exemplo...
- Bem, quando você diz que o céu está chorando. O que você quer dizer com isso?
- Ora, fácil, fácil! Que está chovendo, ué!
- Bem, isso é uma metáfora.
- E por que se chama tão complicado, se é uma coisa tão fácil?
- Porque os nomes não tem nada a ver com a simplicidade ou complexidade das coisas. Pela sua teoria, uma coisa pequena que voa não deveria ter o nome tão grande como mariposa. Elefante tem a mesma quantidade de letras que mariposa, é muito maior e não voa - concluiu Neruda, exausto. Com um resto de ânimo indicou ao solícito Mário o rumo da enseada. Mas o carteiro teve a presença de espírito de dizer:
- Puxa, eu bem que gostaria de ser poeta.
(...)

Trabalhamos a atividade 2 da unidade 8 (TP 2), na qual relembramos expressões em tom humorístico de comparações para indicar, por exemplo:
a) pobreza: "Mais pobre do que Jó".
b) pessoa que fala muito: "Fala mais que o homem da cobra" - " Fala mais que papagaio", etc.

Ainda em relação à unidade 8, trabalhamos sobre a universalidade da comunicação das onomatopeias, registrada no TP por quadrinhos do Asterix. Segundo o próprio TP, mesmo que se usasse a edição francesa da revista, seria de fácil entendimento devido às onomatopeias presentes.
A última atividade do "Avançando na prática" a ser realizada será a de criação de histórias em quadrinhos com onomatopeias.

Marcamos o nosso último encontro de estudos para o dia 17/11: avaliação, entrega de portfólios, roteiro dos projetos executados ou em andamento e uma confraternização entre os cursistas.




quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Aula 10 do II Módulo

Aula 10 do II Módulo
Encontro realizado no dia 03 de novembro de 2009

Estamos finalizando os estudos do Programa Gestar II. Realizamos a oficina 3 do TP 2. Iniciamos o encontro com a leitura do texto de referência "Questões ligadas ao ensino da gramática" de Maria Helena de Moura Neves. Fizemos algumas observações quanto ao papel da gramática na melhoria do desempenho linguístico do aluno, levando o professor a refletir sobre as escolhas feitas pelo falante, observando cada situação de interação, entre outros fatores.
Assistimos a um vídeo do Chico Bento no Shopping e comentamos sobre a questão gramatical, oralidade, adequação, etc.
Fizemos a leitura do trecho inicial de "A menina e o vento", de Maria Clara Machado, com cada professor representando uma personagem. Após a leitura os professores planejaram uma atividade de leitura e interpretação. Falamos sobre a época em que o livro foi escrito (Ditadura Militar), onde a tia Adelaide dava aula de Educação Cívica, demonstrando com isso, ao nosso ver, uma crítica ao sistema. Depois traçamos as características de cada personagem. lemos ainda o texto de Leo Cunha e os cursistas apresentaram as sugestões de trabalho com os textos.
Falamos sobre o andamento dos projetos nas escolas. A professora Divina relatou que fez uma entrevista com um escritor local, como parte do projeto desenvolvido e do grande entusiasmo dos alunos com o trabalho.
Refletimos ainda sobre a questão de ser professor hoje, e pedi que cada um trouxesse para o próximo encontro, um texto de autoria própria sobre a profissão. Este texto poderá ser feito em qualquer gênero e constará na avaliação do cursista.
Sobre o avançando na prática, o trabalho com as placas, está em desenvolvimento. Para o próximo encontro, estudo das unidades 7 e 8 do TP 2.

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Aula 9 II Módulo


Encontros realizados nos dias 27 e 28 de outubro de 2009

Iniciamos o encontro com comentários sobre os projetos desenvolvidos, onde cada um explanou acerca das atividades desenvolvidas, participação dos demais professores e tarefas feitas pelos alunos.
Estamos já na etapa final, fazendo estudos do último TP. O TP 2. Neste encontro os estudos realizados foram a respeito das unidades 5 e 6, sendo que na unidade 5 os asssuntos são respectivamente: A Gramática: com o objetivo de diferenciar as gramáticas interna, reflexiva e normativa e estudos referentes à frase e sua organização.
Como este assunto é de conhecimento dos professores, realizamos algumas atividades do AAA2, uma delas a de analisarmos uma placa. Notei que em alguns cursistas a ideia de gramática refere-se apenas à gramática normativa, como já citei algumas vezes. Entre eles a noção do certo e do errado em gramática ainda é muito consistente, esquecendo-se, muitas vezes da questão da adequação às mais variadas situações sociocomunicativas. Porém, pouco a pouco, vai diminuindo esse preconceito,principalmente com uma reflexão sobre o contexto como parte indispensável para se estabelecer o que for adequado ou não.
Como parte desse estudo, selecionei alguns trechos do livro "A língua de Eulália" de Marcos Bagno, para análise.

Quanto ao Avançando na Prática, acatei a sugestão de alguns cursistas, de se fazer um trabalho com placas, através de fotografias, visto que as atividades propostas no TP 2 - unidade 6 não contemplaria uma novidade ou já foram desenvolvidas no decorrer do ano.

Projeto de Leitura


Projetos
As cursistas Betânia e Genilda estão a mil por hora com o projeto de leitura. Fui conferir de perto, dia 27/10, terça-feira, na Escola Municipal Manoel Alves Vilela. Era "poesia pra cá, poesia pra lá, poesia pra todo lado..."
O mesmo está acontecendo na Escola Municipal Archidamiro Parreira, onde a cursista Leila Cury está envolvendo toda a comunidade escolar no seu projeto literário.
No relato da cursista Jaida, o projeto de leitura terá sua culminância numa feira interdisciplinar, com o envolvimento de alunos, professores e comunidade!
A cursista Maria de Fátima, também em pleno envolvimento, relatou que seus alunos mergulharam na poesia e, o que julgava a princípio, difícil, aconteceu: gostaram tanto do projeto que nem quiseram devolver os livros de poemas utilizados, para degustarem um pouco mais.
Giselda e Mara Régia da Escola Municipal Machado de Assis, realizaram a Feira de Linguagens, com vasto material de trabalho nos mais diversos gêneros, o que pôde ser conferido pelos demais alunos da escola.
A cursista Divina, em fase de implementação do projeto falou sobre a pesquisa realizada com os alunos.
Parabéns a todas!

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Aula 8 do II Módulo

Aula 8 - Oficina 2 do TP 1
Encontros relizados nos dias 20 e 21 de outubro de 2009

Mensagem entregue aos cursistas:




Após a mensagem do Dia do Professor, assistimos ao filme o Carteiro e o Poeta. Além de o filme ser introdutório às atividades do próximo TP 2 que aborda a questão da arte e de como ela pode mudar o comportamento da pessoa, seu ponto de vista, o filme tem a ver com o projeto que está sendo desenvolvido em algumas escolas: A poesia como objeto de leitura.

Objetivos da oficina:

. Rever e sistematizar as informações essenciais em torno do uso do texto no ensino da língua (incluindo a intertextualidade).
. Avaliar a prática docente, com relação à atividades ligadas à leitura e à produção de textos.

Após o término do filme, fiz a leitura do texto abaixo:

A Língua


Um senhor de muitas posses e pouca sabedoria chamou seu servo mais velho, homem de poucas posses e muita sabedoria, e ordenou-lhe que fosse ao açougue e lhe trouxesse o melhor bocado de carne que encontrasse. O servo foi, e voltou trazendo uma língua, com a qual foi preparado um fino jantar.
Alguns dias depois, o senhor ordenou a seu servo que fosse novamente ao açougue e lhe trouxesse o bocado de carne mais ordinário que encontrasse, para alimentar os cães. O servo foi, e voltou trazendo uma língua. O senhor, que era um homem de muitas posses e pouca sabedoria, enfureceu-se:
- Mas, então, para qualquer recomendação que dou me trazes sempre uma língua?
O servo, que era um homem de poucas posses e muita sabedoria, respondeu:
- A língua, meu senhor, é o melhor pedaço quando usada com bondade e sabedoria, e de todos o pior, quando usada com arrog
ância e maledicência.

Língua (Fábula da tradição judaica). In Fábulas... em Cartão Postal. Belo Horizonte: Autêntica. s/d.


Depois de ser feita a leitura, debatemos acerca das seguintes questões:

1. Que relação podemos estabelecer entre a fábula e o assunto de nossa unidade?
2. Pelo título da publicação, percebemos tratar-se de uma fábula. Mas ela apresenta algumas diferenças em relação às fábulas mais comuns. Quais são elas?
3. A moral da fábula, de todo modo, aparece nesse texto. Onde se encontra?
4. Como se contrastam as personagens da história?
5. Por que a personagem que finaliza a fábula é, pela tradição, adequada para ter a fala final?Isso se refere à realidade da nossa cultura? Comente.

Atividade de leitura
1. Em duplas, façam o plano de uma atividade de leitura do texto “A língua”, relacionando-o com o assunto da unidade 4.
Atividades de produção de texto
1. A língua é uma metáfora da palavra. Prepare uma aula propondo aos alunos que criem uma história (uma fábula moderna, talvez) em que fiquem claros os poderes tão distintos da palavra. Discuta com eles como será a leitura de suas produções. (Sugestões: criação de um álbum/livro com as histórias depois de reescritas; ilustrações para criar intertextualidade com os textos).
2. Após assistir ao filme “O carteiro e o poeta”, discuta o processo de transformação do carteiro Mário, a partir de uma mudança de pontos de vista e de como a literatura influi em sua vida. Crie um comentário escrito ou um cartaz de propaganda convidando os colegas para assistirem ao filme.

Entre as sugestões apresentadas pelos professores cursistas estão:

Para se trabalhar a intertextualidade poderá ser utilizado um texto de Monteiro Lobato, onde a personagem Emília também aborda a questão da língua, como metáfora da palavra. Outros textos também foram lembrados e até mesmo um trecho bíblico. Outra sugestão foi a de se ler o verbete com as várias acepções da palavra língua, analisando em quais acepções a palavra foi utilizada na fábula em estudo. A leitura poderá ser feita de forma dramatizada, com uma preparação prévia.Esta aula seria de leitura, comparação entre textos e interpretação.
Quando à aula de produção textual, foram lembradas algumas expressões populares relacionadas à língua, que poderiam ser exploradas através de comentários, tirinhas, charges. Exemplos: "Língua felina" "Língua de trapo" "Quando morrer precisará de dois caixões: um pro corpo e outro só para a língua" "Língua que não cabe na boca", etc.

Em relação ao filme foram feitos comentários muito interessantes. Uma das professoras comparou o Poeta com o professor e o Carteiro com o aluno, na construção de seu próprio modo de perceber a realidade, onde o papel do poeta-professor faz toda a diferença.
Muitos disseram que o filme era muito mais para ser sentido do que explicado, como diz o próprio Neruda no filme, em relação à poesia.

Para o próximo encontro, leitura das unidades 5 e 6 do TP 2 e os relatos do Avançando na Prática em construção pelos professores em suas respectivas turmas.

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Aula 7 II Módulo



Aula 7 II Módulo
Encontro realizado nos dias 06 e 07 de outubro de 2009

Estudos referentes às unidades 3 e 4 do TP 1
Unidade 3: O texto como centro das experiências no ensino da língua
Seção 1: Afinal, o que é texto?
Seção 2: Por que trabalhar com textos
Seção 3: Os pactos de leitura

Unidade 4:Unidade 4: A intertextualidade
Seção 1: O diálogo entre textos: a intertextualidade
Seção 2: As várias formas de intertextualidade
Seção 3: O ponto de vista

Iniciamos os encontros com alguns relatos que não haviam sido apresentados na última oficina. Em seguida fizemos um levantamento das tarefas solicitadas. No decorrer das falas dos cursistas, fui acrescentando o que era necessário. Em relação aos PCNs sua abordagem refere-se às práticas do ensino sistematizado e sempre contextualizado
onde a unidade básica do ensino só pode ser o texto.
Sobre a questão dos pactos de leitura ficou claro para todos que o locutor sempre tenta estabelecer com seu interlocutor um "pacto de leitura": de antemão, dá informações do que se pode esperar do texto, valendo-se para isso do gênero, do suporte entre outros recursos.
Em relação à intertextualidade, organizei o material recebido no seminário de acompanhamento em agosto. (veja abaixo)

Sugestões para se trabalhar INTERTEXTUALIDADE:


1. Proponha uma pesquisa sobre o poeta Luis Vaz de Camões e sobre a Banda Legião Urbana.
2. Oriente os alunos e prepare você também material, caso falte alguma coisa.
3. De posse do material prepare uma aula para a apresentação desse material pelos alunos. (use sua criatividade).
4. Depois disso, inicie um diálogo com a classe questionando-os sobre o apóstolo Paulo. Conte alguma coisa a respeito dele e apresente a Carta de São Paulo aos Coríntios, Capítulo 13 para leitura.
5. Apresente agora o Soneto de Camões, falando sobre o tema amor, explore o jogo de antíteses, crie uma atmosfera propícia para o desenvolvimento da leitura, perguntando se eles conseguem definir o amor, etc. Faça você uma leitura bem expressiva para a turma.
6. Questione-os para saber se São Paulo e Camões trataram do mesmo tema e em seguida apresente a letra da música Monte Castelo de Renato Russo.
7. Você pode fazer questões escritas , para depois dar continuidade ao diálogo, propiciando assim momento para a reflexão dos alunos sobre o tema. Questione-os sobre a colagem que o compositor faz, utilizando-se dos dois textos para gerar um terceiro, etc... etc...
8. Sistematize com os alunos o conceito de intertextualidade, aproveitando para falar do tema amor, desde o início da Era Cristã aos dias de hoje.
9. Finalize com a canção, levando-a para ser ouvida e cantada pelos alunos.
Bom Trabalho!

LACI - GESTAR II - OUTUBRO 2009


1 Coríntios 13
1 ¶ Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, e não tivesse amor, seria como o metal que soa ou como o sino que tine.
2 E ainda que tivesse o dom de profecia, e conhecesse todos os mistérios e toda a ciência, e ainda que tivesse toda a fé, de maneira tal que transportasse os montes, e não tivesse amor, nada seria.
3 E ainda que distribuísse toda a minha fortuna para sustento dos pobres, e ainda que entregasse o meu corpo para ser queimado, e não tivesse amor, nada disso me aproveitaria.
4 ¶ O amor é sofredor, é benigno; o amor não é invejoso; o amor não trata com leviandade, não se ensoberbece.
5 Não se porta com indecência, não busca os seus interesses, não se irrita, não suspeita mal;
6 Não folga com a injustiça, mas folga com a verdade;
7 Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.
8 ¶ O amor nunca falha; mas havendo profecias, serão aniquiladas; havendo línguas, cessarão; havendo ciência, desaparecerá;
9 Porque, em parte, conhecemos, e em parte profetizamos;
10 Mas, quando vier o que é perfeito, então o que o é em parte será aniquilado.
11 Quando eu era menino, falava como menino, sentia como menino, discorria como menino, mas, logo que cheguei a ser homem, acabei com as coisas de menino.
12 Porque agora vemos por espelho em enigma, mas então veremos face a face; agora conheço em parte, mas então conhecerei como também sou conhecido.
13 Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e o amor, estes três, mas o maior destes é o amor.



Soneto 5 de Camões

Amor é um fogo que arde sem se ver,
é ferida que dói, e não se sente;
é um contentamento descontente,
é dor que desatina sem doer.

É um não querer mais que bem querer;
é um andar solitário entre a gente;
é nunca contentar se de contente;
é um cuidar que ganha em se perder.


É querer estar preso por vontade;
é servir a quem vence, o vencedor;
é ter com quem nos mata, lealdade.

Mas como causar pode seu favor
nos corações humanos amizade,
se tão contrário a si é o mesmo Amor?

Luis Vaz de Camões

Monte Castelo Legião Urbana
Composição: Renato Russo (recortes do Apóstolo Paulo e de Camões).

Ainda que eu falasse
A língua dos homens
E falasse a língua dos anjos
Sem amor, eu nada seria...
É só o amor, é só o amor
Que conhece o que é verdade
O amor é bom, não quer o mal
Não sente inveja
Ou se envaidece...
O amor é o fogo
Que arde sem se ver
É ferida que dói
E não se sente
É um contentamento
Descontente
É dor que desatina sem doer...
Ainda que eu falasse
A língua dos homens
E falasse a língua dos anjos
Sem amor, eu nada seria...
É um não querer
Mais que bem querer
É solitário andar
Por entre a gente
É um não contentar-se
De contente
É cuidar que se ganha
Em se perder...
É um estar-se preso
Por vontade
É servir a quem vence
O vencedor
É um ter com quem nos mata
A lealdade
Tão contrário a si
É o mesmo amor...
Estou acordado
E todos dormem, todos dormem
Todos dormem
Agora vejo em parte
Mas então veremos face a face
É só o amor, é só o amor
Que conhece o que é verdade...
Ainda que eu falasse
A língua dos homens
E falasse a língua dos anjos
Sem amor, eu nada seria...

Trabalhamos ainda acerca dos diversos tipos de intertextualidade, paráfrase, paródia, que abarcam o texto todo, pastiche, que se apropria do tom, da fórmula e citação, epígrafe, referência e alusão que retomam partes.

A tarefa solicitada foi aplicar o Avançando na Prática da pág. 144 que trata da intertextualidade.

Discutimos sobre o pré-projeto, já em execução, esclarecemos dúvidas e apresentamos sugestões.

terça-feira, 29 de setembro de 2009

Aula 6 do II Módulo



Aula 6 do II Módulo
Oficina 1 do TP 1
Encontro realizado dia 29 de setembro de 2009
Oficina 1
Unidade 2 TP 1
• Objetivos da Oficina:
1. Rever os tópicos principais das unidades 1 e 2.
2. Apresentar os relatos do Avançando na Prática da unidade 2 (Pág. 65)
3. Leitura, análise e preparação de aula com base na crônica “A outra senhora” de Carlos Drummond de Andrade.
4. Trabalhar com o projeto, definir: tema, objetivos, cronograma, etc.
• Unidade 1
Objetivos
1. Relacionar língua e cultura
2. Identificar os principais dialetos do Português
3. Identificar os principais registros do Português
• Unidade 2
Objetivos
1. Caracterizar a norma culta
2. Caracterizar a linguagem literária
3. Caracterizar a língua oral e a língua escrita

Iniciei a oficina apresentando o objetivo da mesma. Em seguida retomamos o conteúdo estudado, fazendo as observações necessárias a respeito do estudo realizado. Uma cursista citou o exemplo de um aluno novato em sua escola, oriundo de Alagoas. O dialeto do aluno, carregado de sua cultura regional foi motivo de comentários entre os colegas.
Após o resumo do conteúdo estudado, partimos para a oficina com a crônica de Carlos Drummond de Andrade "A outra senhora". Iniciei com a pergunta sobre que expectativas os professores tinham em relação ao texto, após apresentar o título e o autor da crônica.
Surgiram várias opiniões, baseadas no conhecimento prévio que tinham em relação ao autor ou basearam-se no título. Acertaram em relação à ironia e à crítica que certamente teria o texto.
Fiz a leitura do texto e teci comentários. Em seguida apresentei os slides com o texto digitado e dirigi um confronto de idéias baseado nas questões propostas pela oficina.
Após o debate, em dois grupos os professores planejaram uma aula a ser aplicada em sala de aula e cada grupo apresentou a sua proposta de trabalho.
Em seguida fomos discutir o projeto leitura.

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Oficina de Arte

Posted by Picasa

Aula 5 do II Módulo

Aula 5 do II Módulo

Encontro realizado nos dias 22 e 23 de setembro


Assunto das unidades estudadas:

Unidade 1 – Variantes Linguísticas (dialetos e registros)

Seção 1: As inter-relações entre língua e cultura

Seção 2: Os dialetos do Português

Seção 3: Os registros do Português

Unidade 2: Variantes linguísticas: desfazendo equívocos

Seção 1: A norma culta

Seção 2: O texto literário

Seção 3: Modalidades da língua

Iniciamos a aula de uma forma diferente. Meu objetivo era trabalhar com a emoção do professor, numa relação com a Arte. Montei um mural com algumas reproduções de quadros de pintores e escultores nacionais, coloquei uma música clássica de fundo e entreguei a cada um papel e giz de cera. Pedi que criassem livremente sobre o papel, ao ritmo da música. Depois pedi que planejassem, em grupo, uma atividade de pintura e ofereci papel, tinta e pincéis. Um grupo fez uma intertextualidade com uma das obras expostas e outro fez uma arte abstrata.

Durante o processo de criação do quadro, o primeiro grupo relatou a atividade do Avançando na Prática, que haviam aplicado e não tinham socializado na última oficina. Foi muito interessante. No outro grupo não houve esse relato, pois a experiência em si, da criação do quadro propiciou uma interação sobre o ato que estavam executando a seis mãos.

Os grupos gostaram da experiência estética.

Feito isso, passei a apresentação de slides referentes às unidades 1 e 2, correção da tarefa e marquei a atividade a ser realizada em sala de aula para o próximo encontro.

Pude perceber durante o encontro que, apesar das leituras, oficinas e estudos há ainda entre os professores uma resistência muito grande frente às variantes linguísticas no que concerne à variedade não padrão. Alguns ainda têm o hábito de interferir na fala do aluno até em situações informais, com o grupo, impondo a norma padrão.

Parece-me, infelizmente que, em alguns casos, o ato de ensinar a língua ainda não leva em conta a situação sociocomunicativa de uso da língua, bem como os interlocutores, ou seja a adequação e a inadequação de uma ou outra variante lingüística.

Discutimos alguns pontos acerca do projeto de leitura. Em algumas escolas já ficou claro que o despreparo do professor de literatura influi diretamente no desinteresse do aluno ,e que quando há esse preparo há, sim, interesse e participação.

domingo, 20 de setembro de 2009

OFICINAS GESTAR II



Realização de Oficinas

No último dia 15 de setembro relizei algumas oficinas com os professores da Escola Estadual Antonio Souza Martins.
Iniciei a Oficina com o vídeo O Saber e o Sabor.

Além de professores de Língua Portuguesa, também participaram da oficina professores de Língua Inglesa, Arte, Geografia, História, Educação Física...
Foi interessante a participação de todos. Trabalhei a montagem de um artigo de opinião, fragmentado, a criação de uma receita, a montagem de uma personagem a partir da técnica do enlace de idéias, entre outras...
A avaliação foi positiva de todos que participaram!

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Aula 4 - II Módulo




Oficina 12 TP 6 No início do encontro expus os portfólios dos professores cursistas para que fizessem a apreciação dos trabalhos uns dos outros. Em outra mesa deixei expostos livros clássicos de literatura. Fiz a apresentação dos objetivos da oficina:

Rever as questões principais da escrita e da reescrita de textos.

Rever e sistematizar as informações e discussões essenciais em torno da literatura para alunos adolescentes.

Planejar e desenvolver atividades de leitura literária para alunos adolescentes.

Definir o tema do projeto.

Com uma apresentação de slides, fomos observando os principais aspectos necessários à uma revisão do texto pelo próprio aluno, analisamos as discrepâncias no tipo de retorno dado aos alunos pelos professores que, infelizmente, fazem parte da maioria das práticas utilizadas hoje em dia.

Observamos como transmitir ao aluno a necessidade de dialogar com o seu texto, através das frases de avaliação e de frases diretivas. Sendo uma maneira segura de fazer com que o aluno perceba a necessidade de se levar em conta o seu interlocutor, a linguagem utilizada e os objetivos de se escrever determinado texto.

Quanto à edição final abordamos a importância de polir o texto nos aspectos de linguagem, coesão e coerência, aspectos ortográficos, de pontuação e gramaticais.

Quanto à literatura para adolescentes, refletimos acerca da deficiência do próprio professor no trabalho com a literatura em sala, às vezes sem um direcionamento e sem encantar os alunos para uma visão artística e diferenciada das artes em geral e principalmente da literatura.

Os relatos do "Avançando na Prática" foram transferidos para o próximo encontro pois alguns professores estavam ainda no processo de aplicação sem terem concluído o trabalho.

Quanto á oficina, solicitei que cada professor apresentasse aos colegas as obras literárias solicitadas na aula anterior e quais estratégias utilizaria para motivá-los.

Foi interessante notar, na prática, a deficiência de leitura de obras literárias pelo professor, o que comprova a afirmação do TP 6 que a uma das causas dos alunos lerem pouco está, em parte, na deficiência de leitura pelo professor.