Gestar II 2010

Início de nova turma em 30/03, no CEMAP, às 19 horas.
Encontros mensais.
Participe!

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Aula 9 II Módulo


Encontros realizados nos dias 27 e 28 de outubro de 2009

Iniciamos o encontro com comentários sobre os projetos desenvolvidos, onde cada um explanou acerca das atividades desenvolvidas, participação dos demais professores e tarefas feitas pelos alunos.
Estamos já na etapa final, fazendo estudos do último TP. O TP 2. Neste encontro os estudos realizados foram a respeito das unidades 5 e 6, sendo que na unidade 5 os asssuntos são respectivamente: A Gramática: com o objetivo de diferenciar as gramáticas interna, reflexiva e normativa e estudos referentes à frase e sua organização.
Como este assunto é de conhecimento dos professores, realizamos algumas atividades do AAA2, uma delas a de analisarmos uma placa. Notei que em alguns cursistas a ideia de gramática refere-se apenas à gramática normativa, como já citei algumas vezes. Entre eles a noção do certo e do errado em gramática ainda é muito consistente, esquecendo-se, muitas vezes da questão da adequação às mais variadas situações sociocomunicativas. Porém, pouco a pouco, vai diminuindo esse preconceito,principalmente com uma reflexão sobre o contexto como parte indispensável para se estabelecer o que for adequado ou não.
Como parte desse estudo, selecionei alguns trechos do livro "A língua de Eulália" de Marcos Bagno, para análise.

Quanto ao Avançando na Prática, acatei a sugestão de alguns cursistas, de se fazer um trabalho com placas, através de fotografias, visto que as atividades propostas no TP 2 - unidade 6 não contemplaria uma novidade ou já foram desenvolvidas no decorrer do ano.

Projeto de Leitura


Projetos
As cursistas Betânia e Genilda estão a mil por hora com o projeto de leitura. Fui conferir de perto, dia 27/10, terça-feira, na Escola Municipal Manoel Alves Vilela. Era "poesia pra cá, poesia pra lá, poesia pra todo lado..."
O mesmo está acontecendo na Escola Municipal Archidamiro Parreira, onde a cursista Leila Cury está envolvendo toda a comunidade escolar no seu projeto literário.
No relato da cursista Jaida, o projeto de leitura terá sua culminância numa feira interdisciplinar, com o envolvimento de alunos, professores e comunidade!
A cursista Maria de Fátima, também em pleno envolvimento, relatou que seus alunos mergulharam na poesia e, o que julgava a princípio, difícil, aconteceu: gostaram tanto do projeto que nem quiseram devolver os livros de poemas utilizados, para degustarem um pouco mais.
Giselda e Mara Régia da Escola Municipal Machado de Assis, realizaram a Feira de Linguagens, com vasto material de trabalho nos mais diversos gêneros, o que pôde ser conferido pelos demais alunos da escola.
A cursista Divina, em fase de implementação do projeto falou sobre a pesquisa realizada com os alunos.
Parabéns a todas!

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Aula 8 do II Módulo

Aula 8 - Oficina 2 do TP 1
Encontros relizados nos dias 20 e 21 de outubro de 2009

Mensagem entregue aos cursistas:




Após a mensagem do Dia do Professor, assistimos ao filme o Carteiro e o Poeta. Além de o filme ser introdutório às atividades do próximo TP 2 que aborda a questão da arte e de como ela pode mudar o comportamento da pessoa, seu ponto de vista, o filme tem a ver com o projeto que está sendo desenvolvido em algumas escolas: A poesia como objeto de leitura.

Objetivos da oficina:

. Rever e sistematizar as informações essenciais em torno do uso do texto no ensino da língua (incluindo a intertextualidade).
. Avaliar a prática docente, com relação à atividades ligadas à leitura e à produção de textos.

Após o término do filme, fiz a leitura do texto abaixo:

A Língua


Um senhor de muitas posses e pouca sabedoria chamou seu servo mais velho, homem de poucas posses e muita sabedoria, e ordenou-lhe que fosse ao açougue e lhe trouxesse o melhor bocado de carne que encontrasse. O servo foi, e voltou trazendo uma língua, com a qual foi preparado um fino jantar.
Alguns dias depois, o senhor ordenou a seu servo que fosse novamente ao açougue e lhe trouxesse o bocado de carne mais ordinário que encontrasse, para alimentar os cães. O servo foi, e voltou trazendo uma língua. O senhor, que era um homem de muitas posses e pouca sabedoria, enfureceu-se:
- Mas, então, para qualquer recomendação que dou me trazes sempre uma língua?
O servo, que era um homem de poucas posses e muita sabedoria, respondeu:
- A língua, meu senhor, é o melhor pedaço quando usada com bondade e sabedoria, e de todos o pior, quando usada com arrog
ância e maledicência.

Língua (Fábula da tradição judaica). In Fábulas... em Cartão Postal. Belo Horizonte: Autêntica. s/d.


Depois de ser feita a leitura, debatemos acerca das seguintes questões:

1. Que relação podemos estabelecer entre a fábula e o assunto de nossa unidade?
2. Pelo título da publicação, percebemos tratar-se de uma fábula. Mas ela apresenta algumas diferenças em relação às fábulas mais comuns. Quais são elas?
3. A moral da fábula, de todo modo, aparece nesse texto. Onde se encontra?
4. Como se contrastam as personagens da história?
5. Por que a personagem que finaliza a fábula é, pela tradição, adequada para ter a fala final?Isso se refere à realidade da nossa cultura? Comente.

Atividade de leitura
1. Em duplas, façam o plano de uma atividade de leitura do texto “A língua”, relacionando-o com o assunto da unidade 4.
Atividades de produção de texto
1. A língua é uma metáfora da palavra. Prepare uma aula propondo aos alunos que criem uma história (uma fábula moderna, talvez) em que fiquem claros os poderes tão distintos da palavra. Discuta com eles como será a leitura de suas produções. (Sugestões: criação de um álbum/livro com as histórias depois de reescritas; ilustrações para criar intertextualidade com os textos).
2. Após assistir ao filme “O carteiro e o poeta”, discuta o processo de transformação do carteiro Mário, a partir de uma mudança de pontos de vista e de como a literatura influi em sua vida. Crie um comentário escrito ou um cartaz de propaganda convidando os colegas para assistirem ao filme.

Entre as sugestões apresentadas pelos professores cursistas estão:

Para se trabalhar a intertextualidade poderá ser utilizado um texto de Monteiro Lobato, onde a personagem Emília também aborda a questão da língua, como metáfora da palavra. Outros textos também foram lembrados e até mesmo um trecho bíblico. Outra sugestão foi a de se ler o verbete com as várias acepções da palavra língua, analisando em quais acepções a palavra foi utilizada na fábula em estudo. A leitura poderá ser feita de forma dramatizada, com uma preparação prévia.Esta aula seria de leitura, comparação entre textos e interpretação.
Quando à aula de produção textual, foram lembradas algumas expressões populares relacionadas à língua, que poderiam ser exploradas através de comentários, tirinhas, charges. Exemplos: "Língua felina" "Língua de trapo" "Quando morrer precisará de dois caixões: um pro corpo e outro só para a língua" "Língua que não cabe na boca", etc.

Em relação ao filme foram feitos comentários muito interessantes. Uma das professoras comparou o Poeta com o professor e o Carteiro com o aluno, na construção de seu próprio modo de perceber a realidade, onde o papel do poeta-professor faz toda a diferença.
Muitos disseram que o filme era muito mais para ser sentido do que explicado, como diz o próprio Neruda no filme, em relação à poesia.

Para o próximo encontro, leitura das unidades 5 e 6 do TP 2 e os relatos do Avançando na Prática em construção pelos professores em suas respectivas turmas.

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Aula 7 II Módulo



Aula 7 II Módulo
Encontro realizado nos dias 06 e 07 de outubro de 2009

Estudos referentes às unidades 3 e 4 do TP 1
Unidade 3: O texto como centro das experiências no ensino da língua
Seção 1: Afinal, o que é texto?
Seção 2: Por que trabalhar com textos
Seção 3: Os pactos de leitura

Unidade 4:Unidade 4: A intertextualidade
Seção 1: O diálogo entre textos: a intertextualidade
Seção 2: As várias formas de intertextualidade
Seção 3: O ponto de vista

Iniciamos os encontros com alguns relatos que não haviam sido apresentados na última oficina. Em seguida fizemos um levantamento das tarefas solicitadas. No decorrer das falas dos cursistas, fui acrescentando o que era necessário. Em relação aos PCNs sua abordagem refere-se às práticas do ensino sistematizado e sempre contextualizado
onde a unidade básica do ensino só pode ser o texto.
Sobre a questão dos pactos de leitura ficou claro para todos que o locutor sempre tenta estabelecer com seu interlocutor um "pacto de leitura": de antemão, dá informações do que se pode esperar do texto, valendo-se para isso do gênero, do suporte entre outros recursos.
Em relação à intertextualidade, organizei o material recebido no seminário de acompanhamento em agosto. (veja abaixo)

Sugestões para se trabalhar INTERTEXTUALIDADE:


1. Proponha uma pesquisa sobre o poeta Luis Vaz de Camões e sobre a Banda Legião Urbana.
2. Oriente os alunos e prepare você também material, caso falte alguma coisa.
3. De posse do material prepare uma aula para a apresentação desse material pelos alunos. (use sua criatividade).
4. Depois disso, inicie um diálogo com a classe questionando-os sobre o apóstolo Paulo. Conte alguma coisa a respeito dele e apresente a Carta de São Paulo aos Coríntios, Capítulo 13 para leitura.
5. Apresente agora o Soneto de Camões, falando sobre o tema amor, explore o jogo de antíteses, crie uma atmosfera propícia para o desenvolvimento da leitura, perguntando se eles conseguem definir o amor, etc. Faça você uma leitura bem expressiva para a turma.
6. Questione-os para saber se São Paulo e Camões trataram do mesmo tema e em seguida apresente a letra da música Monte Castelo de Renato Russo.
7. Você pode fazer questões escritas , para depois dar continuidade ao diálogo, propiciando assim momento para a reflexão dos alunos sobre o tema. Questione-os sobre a colagem que o compositor faz, utilizando-se dos dois textos para gerar um terceiro, etc... etc...
8. Sistematize com os alunos o conceito de intertextualidade, aproveitando para falar do tema amor, desde o início da Era Cristã aos dias de hoje.
9. Finalize com a canção, levando-a para ser ouvida e cantada pelos alunos.
Bom Trabalho!

LACI - GESTAR II - OUTUBRO 2009


1 Coríntios 13
1 ¶ Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, e não tivesse amor, seria como o metal que soa ou como o sino que tine.
2 E ainda que tivesse o dom de profecia, e conhecesse todos os mistérios e toda a ciência, e ainda que tivesse toda a fé, de maneira tal que transportasse os montes, e não tivesse amor, nada seria.
3 E ainda que distribuísse toda a minha fortuna para sustento dos pobres, e ainda que entregasse o meu corpo para ser queimado, e não tivesse amor, nada disso me aproveitaria.
4 ¶ O amor é sofredor, é benigno; o amor não é invejoso; o amor não trata com leviandade, não se ensoberbece.
5 Não se porta com indecência, não busca os seus interesses, não se irrita, não suspeita mal;
6 Não folga com a injustiça, mas folga com a verdade;
7 Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.
8 ¶ O amor nunca falha; mas havendo profecias, serão aniquiladas; havendo línguas, cessarão; havendo ciência, desaparecerá;
9 Porque, em parte, conhecemos, e em parte profetizamos;
10 Mas, quando vier o que é perfeito, então o que o é em parte será aniquilado.
11 Quando eu era menino, falava como menino, sentia como menino, discorria como menino, mas, logo que cheguei a ser homem, acabei com as coisas de menino.
12 Porque agora vemos por espelho em enigma, mas então veremos face a face; agora conheço em parte, mas então conhecerei como também sou conhecido.
13 Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e o amor, estes três, mas o maior destes é o amor.



Soneto 5 de Camões

Amor é um fogo que arde sem se ver,
é ferida que dói, e não se sente;
é um contentamento descontente,
é dor que desatina sem doer.

É um não querer mais que bem querer;
é um andar solitário entre a gente;
é nunca contentar se de contente;
é um cuidar que ganha em se perder.


É querer estar preso por vontade;
é servir a quem vence, o vencedor;
é ter com quem nos mata, lealdade.

Mas como causar pode seu favor
nos corações humanos amizade,
se tão contrário a si é o mesmo Amor?

Luis Vaz de Camões

Monte Castelo Legião Urbana
Composição: Renato Russo (recortes do Apóstolo Paulo e de Camões).

Ainda que eu falasse
A língua dos homens
E falasse a língua dos anjos
Sem amor, eu nada seria...
É só o amor, é só o amor
Que conhece o que é verdade
O amor é bom, não quer o mal
Não sente inveja
Ou se envaidece...
O amor é o fogo
Que arde sem se ver
É ferida que dói
E não se sente
É um contentamento
Descontente
É dor que desatina sem doer...
Ainda que eu falasse
A língua dos homens
E falasse a língua dos anjos
Sem amor, eu nada seria...
É um não querer
Mais que bem querer
É solitário andar
Por entre a gente
É um não contentar-se
De contente
É cuidar que se ganha
Em se perder...
É um estar-se preso
Por vontade
É servir a quem vence
O vencedor
É um ter com quem nos mata
A lealdade
Tão contrário a si
É o mesmo amor...
Estou acordado
E todos dormem, todos dormem
Todos dormem
Agora vejo em parte
Mas então veremos face a face
É só o amor, é só o amor
Que conhece o que é verdade...
Ainda que eu falasse
A língua dos homens
E falasse a língua dos anjos
Sem amor, eu nada seria...

Trabalhamos ainda acerca dos diversos tipos de intertextualidade, paráfrase, paródia, que abarcam o texto todo, pastiche, que se apropria do tom, da fórmula e citação, epígrafe, referência e alusão que retomam partes.

A tarefa solicitada foi aplicar o Avançando na Prática da pág. 144 que trata da intertextualidade.

Discutimos sobre o pré-projeto, já em execução, esclarecemos dúvidas e apresentamos sugestões.