Gestar II 2010

Início de nova turma em 30/03, no CEMAP, às 19 horas.
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quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Aula 7 II Módulo



Aula 7 II Módulo
Encontro realizado nos dias 06 e 07 de outubro de 2009

Estudos referentes às unidades 3 e 4 do TP 1
Unidade 3: O texto como centro das experiências no ensino da língua
Seção 1: Afinal, o que é texto?
Seção 2: Por que trabalhar com textos
Seção 3: Os pactos de leitura

Unidade 4:Unidade 4: A intertextualidade
Seção 1: O diálogo entre textos: a intertextualidade
Seção 2: As várias formas de intertextualidade
Seção 3: O ponto de vista

Iniciamos os encontros com alguns relatos que não haviam sido apresentados na última oficina. Em seguida fizemos um levantamento das tarefas solicitadas. No decorrer das falas dos cursistas, fui acrescentando o que era necessário. Em relação aos PCNs sua abordagem refere-se às práticas do ensino sistematizado e sempre contextualizado
onde a unidade básica do ensino só pode ser o texto.
Sobre a questão dos pactos de leitura ficou claro para todos que o locutor sempre tenta estabelecer com seu interlocutor um "pacto de leitura": de antemão, dá informações do que se pode esperar do texto, valendo-se para isso do gênero, do suporte entre outros recursos.
Em relação à intertextualidade, organizei o material recebido no seminário de acompanhamento em agosto. (veja abaixo)

Sugestões para se trabalhar INTERTEXTUALIDADE:


1. Proponha uma pesquisa sobre o poeta Luis Vaz de Camões e sobre a Banda Legião Urbana.
2. Oriente os alunos e prepare você também material, caso falte alguma coisa.
3. De posse do material prepare uma aula para a apresentação desse material pelos alunos. (use sua criatividade).
4. Depois disso, inicie um diálogo com a classe questionando-os sobre o apóstolo Paulo. Conte alguma coisa a respeito dele e apresente a Carta de São Paulo aos Coríntios, Capítulo 13 para leitura.
5. Apresente agora o Soneto de Camões, falando sobre o tema amor, explore o jogo de antíteses, crie uma atmosfera propícia para o desenvolvimento da leitura, perguntando se eles conseguem definir o amor, etc. Faça você uma leitura bem expressiva para a turma.
6. Questione-os para saber se São Paulo e Camões trataram do mesmo tema e em seguida apresente a letra da música Monte Castelo de Renato Russo.
7. Você pode fazer questões escritas , para depois dar continuidade ao diálogo, propiciando assim momento para a reflexão dos alunos sobre o tema. Questione-os sobre a colagem que o compositor faz, utilizando-se dos dois textos para gerar um terceiro, etc... etc...
8. Sistematize com os alunos o conceito de intertextualidade, aproveitando para falar do tema amor, desde o início da Era Cristã aos dias de hoje.
9. Finalize com a canção, levando-a para ser ouvida e cantada pelos alunos.
Bom Trabalho!

LACI - GESTAR II - OUTUBRO 2009


1 Coríntios 13
1 ¶ Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, e não tivesse amor, seria como o metal que soa ou como o sino que tine.
2 E ainda que tivesse o dom de profecia, e conhecesse todos os mistérios e toda a ciência, e ainda que tivesse toda a fé, de maneira tal que transportasse os montes, e não tivesse amor, nada seria.
3 E ainda que distribuísse toda a minha fortuna para sustento dos pobres, e ainda que entregasse o meu corpo para ser queimado, e não tivesse amor, nada disso me aproveitaria.
4 ¶ O amor é sofredor, é benigno; o amor não é invejoso; o amor não trata com leviandade, não se ensoberbece.
5 Não se porta com indecência, não busca os seus interesses, não se irrita, não suspeita mal;
6 Não folga com a injustiça, mas folga com a verdade;
7 Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.
8 ¶ O amor nunca falha; mas havendo profecias, serão aniquiladas; havendo línguas, cessarão; havendo ciência, desaparecerá;
9 Porque, em parte, conhecemos, e em parte profetizamos;
10 Mas, quando vier o que é perfeito, então o que o é em parte será aniquilado.
11 Quando eu era menino, falava como menino, sentia como menino, discorria como menino, mas, logo que cheguei a ser homem, acabei com as coisas de menino.
12 Porque agora vemos por espelho em enigma, mas então veremos face a face; agora conheço em parte, mas então conhecerei como também sou conhecido.
13 Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e o amor, estes três, mas o maior destes é o amor.



Soneto 5 de Camões

Amor é um fogo que arde sem se ver,
é ferida que dói, e não se sente;
é um contentamento descontente,
é dor que desatina sem doer.

É um não querer mais que bem querer;
é um andar solitário entre a gente;
é nunca contentar se de contente;
é um cuidar que ganha em se perder.


É querer estar preso por vontade;
é servir a quem vence, o vencedor;
é ter com quem nos mata, lealdade.

Mas como causar pode seu favor
nos corações humanos amizade,
se tão contrário a si é o mesmo Amor?

Luis Vaz de Camões

Monte Castelo Legião Urbana
Composição: Renato Russo (recortes do Apóstolo Paulo e de Camões).

Ainda que eu falasse
A língua dos homens
E falasse a língua dos anjos
Sem amor, eu nada seria...
É só o amor, é só o amor
Que conhece o que é verdade
O amor é bom, não quer o mal
Não sente inveja
Ou se envaidece...
O amor é o fogo
Que arde sem se ver
É ferida que dói
E não se sente
É um contentamento
Descontente
É dor que desatina sem doer...
Ainda que eu falasse
A língua dos homens
E falasse a língua dos anjos
Sem amor, eu nada seria...
É um não querer
Mais que bem querer
É solitário andar
Por entre a gente
É um não contentar-se
De contente
É cuidar que se ganha
Em se perder...
É um estar-se preso
Por vontade
É servir a quem vence
O vencedor
É um ter com quem nos mata
A lealdade
Tão contrário a si
É o mesmo amor...
Estou acordado
E todos dormem, todos dormem
Todos dormem
Agora vejo em parte
Mas então veremos face a face
É só o amor, é só o amor
Que conhece o que é verdade...
Ainda que eu falasse
A língua dos homens
E falasse a língua dos anjos
Sem amor, eu nada seria...

Trabalhamos ainda acerca dos diversos tipos de intertextualidade, paráfrase, paródia, que abarcam o texto todo, pastiche, que se apropria do tom, da fórmula e citação, epígrafe, referência e alusão que retomam partes.

A tarefa solicitada foi aplicar o Avançando na Prática da pág. 144 que trata da intertextualidade.

Discutimos sobre o pré-projeto, já em execução, esclarecemos dúvidas e apresentamos sugestões.

terça-feira, 29 de setembro de 2009

Aula 6 do II Módulo



Aula 6 do II Módulo
Oficina 1 do TP 1
Encontro realizado dia 29 de setembro de 2009
Oficina 1
Unidade 2 TP 1
• Objetivos da Oficina:
1. Rever os tópicos principais das unidades 1 e 2.
2. Apresentar os relatos do Avançando na Prática da unidade 2 (Pág. 65)
3. Leitura, análise e preparação de aula com base na crônica “A outra senhora” de Carlos Drummond de Andrade.
4. Trabalhar com o projeto, definir: tema, objetivos, cronograma, etc.
• Unidade 1
Objetivos
1. Relacionar língua e cultura
2. Identificar os principais dialetos do Português
3. Identificar os principais registros do Português
• Unidade 2
Objetivos
1. Caracterizar a norma culta
2. Caracterizar a linguagem literária
3. Caracterizar a língua oral e a língua escrita

Iniciei a oficina apresentando o objetivo da mesma. Em seguida retomamos o conteúdo estudado, fazendo as observações necessárias a respeito do estudo realizado. Uma cursista citou o exemplo de um aluno novato em sua escola, oriundo de Alagoas. O dialeto do aluno, carregado de sua cultura regional foi motivo de comentários entre os colegas.
Após o resumo do conteúdo estudado, partimos para a oficina com a crônica de Carlos Drummond de Andrade "A outra senhora". Iniciei com a pergunta sobre que expectativas os professores tinham em relação ao texto, após apresentar o título e o autor da crônica.
Surgiram várias opiniões, baseadas no conhecimento prévio que tinham em relação ao autor ou basearam-se no título. Acertaram em relação à ironia e à crítica que certamente teria o texto.
Fiz a leitura do texto e teci comentários. Em seguida apresentei os slides com o texto digitado e dirigi um confronto de idéias baseado nas questões propostas pela oficina.
Após o debate, em dois grupos os professores planejaram uma aula a ser aplicada em sala de aula e cada grupo apresentou a sua proposta de trabalho.
Em seguida fomos discutir o projeto leitura.

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Oficina de Arte

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Aula 5 do II Módulo

Aula 5 do II Módulo

Encontro realizado nos dias 22 e 23 de setembro


Assunto das unidades estudadas:

Unidade 1 – Variantes Linguísticas (dialetos e registros)

Seção 1: As inter-relações entre língua e cultura

Seção 2: Os dialetos do Português

Seção 3: Os registros do Português

Unidade 2: Variantes linguísticas: desfazendo equívocos

Seção 1: A norma culta

Seção 2: O texto literário

Seção 3: Modalidades da língua

Iniciamos a aula de uma forma diferente. Meu objetivo era trabalhar com a emoção do professor, numa relação com a Arte. Montei um mural com algumas reproduções de quadros de pintores e escultores nacionais, coloquei uma música clássica de fundo e entreguei a cada um papel e giz de cera. Pedi que criassem livremente sobre o papel, ao ritmo da música. Depois pedi que planejassem, em grupo, uma atividade de pintura e ofereci papel, tinta e pincéis. Um grupo fez uma intertextualidade com uma das obras expostas e outro fez uma arte abstrata.

Durante o processo de criação do quadro, o primeiro grupo relatou a atividade do Avançando na Prática, que haviam aplicado e não tinham socializado na última oficina. Foi muito interessante. No outro grupo não houve esse relato, pois a experiência em si, da criação do quadro propiciou uma interação sobre o ato que estavam executando a seis mãos.

Os grupos gostaram da experiência estética.

Feito isso, passei a apresentação de slides referentes às unidades 1 e 2, correção da tarefa e marquei a atividade a ser realizada em sala de aula para o próximo encontro.

Pude perceber durante o encontro que, apesar das leituras, oficinas e estudos há ainda entre os professores uma resistência muito grande frente às variantes linguísticas no que concerne à variedade não padrão. Alguns ainda têm o hábito de interferir na fala do aluno até em situações informais, com o grupo, impondo a norma padrão.

Parece-me, infelizmente que, em alguns casos, o ato de ensinar a língua ainda não leva em conta a situação sociocomunicativa de uso da língua, bem como os interlocutores, ou seja a adequação e a inadequação de uma ou outra variante lingüística.

Discutimos alguns pontos acerca do projeto de leitura. Em algumas escolas já ficou claro que o despreparo do professor de literatura influi diretamente no desinteresse do aluno ,e que quando há esse preparo há, sim, interesse e participação.

domingo, 20 de setembro de 2009

OFICINAS GESTAR II



Realização de Oficinas

No último dia 15 de setembro relizei algumas oficinas com os professores da Escola Estadual Antonio Souza Martins.
Iniciei a Oficina com o vídeo O Saber e o Sabor.

Além de professores de Língua Portuguesa, também participaram da oficina professores de Língua Inglesa, Arte, Geografia, História, Educação Física...
Foi interessante a participação de todos. Trabalhei a montagem de um artigo de opinião, fragmentado, a criação de uma receita, a montagem de uma personagem a partir da técnica do enlace de idéias, entre outras...
A avaliação foi positiva de todos que participaram!

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Aula 4 - II Módulo




Oficina 12 TP 6 No início do encontro expus os portfólios dos professores cursistas para que fizessem a apreciação dos trabalhos uns dos outros. Em outra mesa deixei expostos livros clássicos de literatura. Fiz a apresentação dos objetivos da oficina:

Rever as questões principais da escrita e da reescrita de textos.

Rever e sistematizar as informações e discussões essenciais em torno da literatura para alunos adolescentes.

Planejar e desenvolver atividades de leitura literária para alunos adolescentes.

Definir o tema do projeto.

Com uma apresentação de slides, fomos observando os principais aspectos necessários à uma revisão do texto pelo próprio aluno, analisamos as discrepâncias no tipo de retorno dado aos alunos pelos professores que, infelizmente, fazem parte da maioria das práticas utilizadas hoje em dia.

Observamos como transmitir ao aluno a necessidade de dialogar com o seu texto, através das frases de avaliação e de frases diretivas. Sendo uma maneira segura de fazer com que o aluno perceba a necessidade de se levar em conta o seu interlocutor, a linguagem utilizada e os objetivos de se escrever determinado texto.

Quanto à edição final abordamos a importância de polir o texto nos aspectos de linguagem, coesão e coerência, aspectos ortográficos, de pontuação e gramaticais.

Quanto à literatura para adolescentes, refletimos acerca da deficiência do próprio professor no trabalho com a literatura em sala, às vezes sem um direcionamento e sem encantar os alunos para uma visão artística e diferenciada das artes em geral e principalmente da literatura.

Os relatos do "Avançando na Prática" foram transferidos para o próximo encontro pois alguns professores estavam ainda no processo de aplicação sem terem concluído o trabalho.

Quanto á oficina, solicitei que cada professor apresentasse aos colegas as obras literárias solicitadas na aula anterior e quais estratégias utilizaria para motivá-los.

Foi interessante notar, na prática, a deficiência de leitura de obras literárias pelo professor, o que comprova a afirmação do TP 6 que a uma das causas dos alunos lerem pouco está, em parte, na deficiência de leitura pelo professor.


quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Aula 3 do II módulo



Aula 3 do II Módulo
Encontros realizados nos dias 01 e 02 de setembro

Iniciamos o encontro com comentários sobre o Seminário de Acompanhamento do Gestar II que ocorreu nos dias 24 a 28 de agosto em Uberlândia.
Assistimos ao vídeo "Saber e sabor" para refletirmos acerca de nossa visão de mundo como educadores, reavaliando a nossa prática docente. Após a apresentação cada cursista teceu comentários sobre o que julgou mais relevante. Estabeleceu-se um diálogo a respeito da literatura e a abordagem que cada professor faz no seu dia-a dia escolar e sobre o que o professor Rubem Alves comenta no referido vídeo: "É preciso degustar a Literatura e não apenas saber sobre a literatura". Cada professor relatou sobre o trabalho realizado em sala de aula.
Em relação à unidade 23 propus que trabalhássemos o artigo de opinião escrito por uma aluna com o tema Violência. Analisamos tema, suporte,coesão e coerência e como editar um texto.
Em relação ao projeto de pesquisa, o grupo de professores da quarta-feira, definiu o tema: Leitura.
O Avançando na prática a ser realizado nas salas de aulas, refere-se à leitura de um trecho do livro O diário de rua, escrito por uma jovem, Esmeralda Ortiz, que viveu nas ruas de São Paulo por um período. Além desse texto serão utilizadas duas composições de Chico Buarque: Pivete e O meu guri, com a possibilidade de se utilizar reportagens, fotos e outros.