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domingo, 15 de novembro de 2009
Aula 11 - II Módulo
Aula 11 - II Módulo Encontros realizados dias 10 e 11 de novembro
Neste penúltimo encontro com os cursistas, estudamos as unidades 7 e 8 do TP 2, assistimos a um filme de Victor Lopes: Língua-Vidas em Português. A unidade 7 - A arte: formas e função, já havíamos estudado juntamente com a unidade 24 do TP 6 que trata da Literatura. Fizemos, ainda assim, uma retomada do conteúdo da unidade, lemos e comentamos o poema de Drummond "Amar-Amaro". A unidade 8 - Linguagem figurada - trouxe-nos um estudo relacionado à conotação e de que maneira ela aparece tanto na linguagem cotidiana quanto na linguagem literária. Realizamos em grupo as atividades da Aula 1 - Metáfora do AAA 2 do professor. Durante a leitura de um texto retirado do livro "O carteiro e o poeta" de Antônio Skármeta, cujo filme, assistimos durante este módulo. (Filme adaptado do referido livro para o cinema, pelo diretor Michael Radford) Durante a leitura, feita em forma de jogral, parecia estarmos revendo a cena do filme, quando o carteiro Mário e o poeta Neruda conversam sobre "as metáforas", segundo comentário feito por uma professora cursista.
Trechos do texto lido:
O carteiro e o poeta Antônio Skármeta
- Que há? - Dom Pablo? ... - Você fica aí parado como um poste. Mário torceu o pescoço e procurou os olhos do poeta, indo de baixo para cima. - Cravado como uma lança? - Não, quieto como uma torre de xadrez. - Mais tranquilo que um gato de porcelana? Neruda soltou o trinco do portão e acariciou o queixo. - Mário Jiménez, afora as odes elementares, tenho livros muito melhores. É indigno que você fique me submetendo a todo tipo de comparações e metáforas. - Como é, Dom Pablo?! - Metáforas, homem! - Que são essas coisas? - Para esclarecer mais ou menos de maneira imprecisa, são modos de dizer uma coisa comparando com outra. - Dê-me um exemplo... - Bem, quando você diz que o céu está chorando. O que você quer dizer com isso? - Ora, fácil, fácil! Que está chovendo, ué! - Bem, isso é uma metáfora. - E por que se chama tão complicado, se é uma coisa tão fácil? - Porque os nomes não tem nada a ver com a simplicidade ou complexidade das coisas. Pela sua teoria, uma coisa pequena que voa não deveria ter o nome tão grande como mariposa. Elefante tem a mesma quantidade de letras que mariposa, é muito maior e não voa - concluiu Neruda, exausto. Com um resto de ânimo indicou ao solícito Mário o rumo da enseada. Mas o carteiro teve a presença de espírito de dizer: - Puxa, eu bem que gostaria de ser poeta. (...)
Trabalhamos a atividade 2 da unidade 8 (TP 2), na qual relembramos expressões em tom humorístico de comparações para indicar, por exemplo: a) pobreza: "Mais pobre do que Jó". b) pessoa que fala muito: "Fala mais que o homem da cobra" - " Fala mais que papagaio", etc.
Ainda em relação à unidade 8, trabalhamos sobre a universalidade da comunicação das onomatopeias, registrada no TP por quadrinhos do Asterix. Segundo o próprio TP, mesmo que se usasse a edição francesa da revista, seria de fácil entendimento devido às onomatopeias presentes. A última atividade do "Avançando na prática" a ser realizada será a de criação de histórias em quadrinhos com onomatopeias.
Marcamos o nosso último encontro de estudos para o dia 17/11: avaliação, entrega de portfólios, roteiro dos projetos executados ou em andamento e uma confraternização entre os cursistas.
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